segunda-feira, 17 de maio de 2010

Protesto marca 31 de maio como o "Dia de deixar o Facebook"



Um grupo de donos de perfis no Facebook começou a fazer "barulho" na internet esta semana em protesto contra as mudanças nas regras de privacidade do site.Uma campanha lançada no Twitter pede que usuários deixem de entrar no site no dia 5 de junho para pressioná-lo sobre a decisão de facilitar o acesso externo às suas informações pessoais. Outro grupo, mais radical, quer simplesmente a saída em massa do Facebook.

A campanha "Dia de deixar o Facebook" está convidando usuários a assinarem uma lista em que se comprometem a deletar seus perfis em 31 de maio. No site QuitFacebookDay.com, 1,7 mil pessoas já afirmaram que pretendem deixar o Facebook. Trata-se, contudo, de uma ínfima parte do universo de usuários do site, que conta com 400 milhões de perfis.

"O Facebook dá a você chances de gerenciar seus dados, mas não são escolhas justas e enquanto o ônus de gerenciá-las é dos indivíduos, o Facebook torna muito difícil a um usuário médio entendê-las ou manuseá-las", diz um texto no site.

Ironicamente, a campanha tem uma página no próprio Facebook convocando o êxodo. "Se você concorda que o Facebook não respeita você, seus dados pessoais ou o futuro da internet, você deve se juntar a nós", diz.

Privacidade em questão
O Facebook e seu criador, Mark Zuckerberg, estão sob pesadas e crescentes críticas desde a introdução, em abril, de regras que relaxam a privacidade sobre as informações dos usuários. A mais importante é que conteúdo externo agora pode ser publicado diretamente no site, mas também fica disponível no perfil dos usuários através de serviços como o Yelp e Pandora.

Esta semana, o site Business Insider publicou uma troca de mensagens instantâneas, supostamente entre Zuckerberg e um companheiro de quarto quando ainda era estudante da Universidade de Harvard, seis anos atrás.

O dono do Facebook teria debochado da facilidade com que os colegas da universidade - o site de relacionamentos começou no campus e, sucesso entre os estudantes, depois virou um fenômeno na internet - haviam lhe repassado e-mails, números de telefone e informações pessoais.

Tenho 4 mil e-mails, fotos, endereços", diz Zuckerberg.

"O quê? Como você conseguiu?", pergunta o colega.

"As pessoas simplesmente postaram", responde Zuckerberg. "Eu não sei por que. Eles simplesmente confiam em mim. Estúpidos".

O Facebook divulgou na sexta-feira um comunicado defendendo a privacidade e a segurança da informação dos usuários, mas não quis comentar o suposto diálogo reproduzido pelo Business Insider.

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