quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dilma, ex-assaltante de banco, ex-comunista e agora neo-liberal do Lula




Lula escolhe uma acusada de ter assaltado bancos...

Nada como uma eleição (milionária) à vista para transformar qualquer comunista em neo-liberal. Refiro-me à Dilma Roussef, candidata de Lula à sucessão presidencial. Quem diria, mas a ex-guerrilheira agora quer privatizar os aeroportos do Galeão e de Viracopos. Não tem o menor cabimento! Dilma virou o Roberto Campos do PT.

Ninguém em sã consciência cogita imaginar que a ministra-chefa estaria inventando novos negócios na tentativa de encontrar formas de financiar sua campanha. Dilma, como todos sabemos, tem fama de honesta, durona, incorruptível. Mas convenhamos, não tem o menor sentido privatizar justamente esses dois aeroportos.

O Galeão está de fato mal cuidado, uma vergonha. Mas é a segunda principal porta de entrada do Brasil. É lucrativo, é estratégico. O governador do Rio, Sérgio Cabral, há muito fala em privatizá-lo. Já foi até publicado o nome da empresa-candidata a comprar o Galeão por quem o governador torce. A solução para o abandono do Galeão é bem mais simples. Basta pedir a um head-hunter que encontre um gerente competente no mercado.

O terminal de carga de Viracopos, em Campinas, por sua vez, está redondinho, é uma das jóias da coroa do Estado brasileiro. Movimenta diariamente 50 milhões de dólares em importações. É um movimento quase igual ao Porto de Santos.

Privatização é uma fórmula inteligente encontrada pelo neo-liberalismo para dar alguma competência de gestão a setores onde o Estado vinha amargando prejuízos -- ou perdeu a capacidade de investimento. Tinha sentido privatizar o sistema de telefonia brasileiro. Basta lembrar como era antes e como é hoje. Tem sentido privatizar rodovias. Tem sentido privatizar ferrovias, hidrovias -- e todo e qualquer setor onde o Estado não tem mais capacidade de investimento.

Tem sentido privatizar um aeroporto deficitário, ou dar a concessão para que algum empresário se aventure a construir um aeroporto num rincão da Amazônia. Ora, mas não há qualquer argumento de ordem econômica (ou ideológica) que justifique privatizar o Galeão ou Viracopos. Nem Cumbica, Brasília ou Confins. Muito estranho que Dilma Roussef, logo ela, tenha se transformado de uma hora para outra numa espécie de Roberto Campos do PT.

EX-ASSALTANTE DE BANCO

Essa sanha privativista da candidata Dilma me instigou a buscar em meus arquivos alguma explicação plausível para o estranho fenômeno. Encontrei algumas histórias dispersas sobre a vida pregressa e presente da ministra-chefa. A mais relevante diz respeito a seu passado revolucionário-estatizante.

Como é público, nos anos 60 e 70 Dilma foi militante de um grupo de luta armada, a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária. Entre as ações da VPR, assaltos a banco e o famoso roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros. Vem daí uma fama deletéria. Toda vez que alguém da direita se refere a Dilma, costuma chamá-la de "assaltante de banco".

A relação entre a suposta assaltante e a privatização dos aeroportos é indireta. Apenas ajuda a entender um pouco quem é a candidata de Lula à Presidência. Questões como sua disposição de seguir (ou não) as regras do jogo.

Sobre esse tema, guardei um artigo do coronel José Luis Sávio Costa, publicado em julho de 2005 no site "Mídia Sem Máscara". Abaixo, os principais trechos do artigo, no qual Sávio esclarece se, afinal, Dilma foi ou não foi assaltante de banco:

ARTIGO ESCLARECEDOR:

"Um fato de pouca importância mas que marcou bem este problema de uso de fontes no noticiário da imprensa escrita, com discussões paralelas na Internet, centrou-se na figura da Dona Dilma Vana Rousseff.

Ao procurar realçar duas personagens do atual (des)governo deste país, unidas no inglório passado como partícipes do desencadeamento de um processo de luta fratricida neste nosso Brasil, um órgão de imprensa relatou que Dilma Vana Roussef, atual Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República, ex-militante da POLOP (Política Operária), da COLINA (Comando de Libertação Nacional) e, por fim, da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares), alcunhada por uns de guerrilheira e por outros de terrorista, fora participante ativa da chamada "Ação Grande ou Roubo do Cofre do Ademar".

A revisão do passado de Dilma, ligando sua participação na ação "Roubo do Cofre do Ademar", não é assunto aprofundado ou firmado nas obras de Jacob Gorender, Marcelo Ridenti, Élio Gaspari, Fernando Molica e mesmo na de Luiz Mir, assim como nas de tantos outros que citam a "Ação Grande". Há algo de podre que as esquerdas têm receio de mexer, em nossa modesta opinião. O segredo só pode estar com alguém que participou da ação... Repassemos um pouco da história.

Dilma Vana Roussef, nos idos de 1967, com vinte anos de idade ingressou na POLOP (Política Operária), quando cursava a Escola Federal de Economia, em Belo Horizonte, MG, sendo recrutada pelo seu noivo e depois marido Cláudio Galeno de Magalhães Linhares.

Com as primeiras prisões da POLOP foi para o Rio e ingressou no COLINA (Comando de Libertação Nacional), outra organização marxista-leninista onde, segundo Luiz Maklouf Carvalho, ensinou marxismo para uma célula, escreveu artigos apara o jornal "Piquete", ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do Colina.

Dilma esteve na reunião de Mongaguá (SP), quando o COLINA e a VPR criaram a VAR-Palmares, e estava na reunião de Teresópolis, no I Congresso da VAR-P em setembro de 1969 em Teresópolis, quando houve o "racha dos sete", Carlos Lamarca à frente. Dilma passou a militar na VAR-Palmares, usando o codinome 'Stela'. Nesta reunião do Iº Congresso da VAR-P, Darcy Rodrigues ameaçou agredir Dilma, impondo a sua não participação em ações armadas, provável conseqüência de erros anteriores, mesmo em ações de infra-estrutura (logística e arapongagem - informações). Na ocasião foi defendida por Carlos Franklin Paixão de Araújo que seria seu futuro marido.[curioso é que a grana roubada do cofre, estranhamente 'sumiu', não tendo sido repassada para o movimento criminoso que realizou o assalto; nunca foi recuperada e a última notícia que se tem dela é quando saiu do cofre para as mãos dos assaltantes – ou seja: os ladrões roubaram os próprios companheiros. Aliás, roubar, furtar, é sempre algo tentador para as esquerdas].

Dilma retornou em janeiro de 1970 para São Paulo onde foi presa e, como todo terrorista que se preze, segundo o Tortura Nunca Mais, "foi barbaramente torturada por 22 dias", um recorde e fato estranho, considerando-se que Dilma, ou 'Stela' após responder a três processos e ser condenada, ficou presa no presídio Tiradentes (SP) só até 1973. Libertada, mudou-se para o Rio Grande do Sul em 1974, onde concluiu seu bacharelado em economia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 1977.

Só recuperou seus direitos políticos com a Lei de Anistia, de 1979, militando com seu então marido Carlos Franklin Paixão de Araújo, no PDT. Milita no PT desde 2001, sem seqüelas e boa publicidade como ex-terrorista e torturada.

Vive numa boa. Tem indenização?

Vejamos bem: além de Dilma e Franklin que atuaram na VAR-P e conhecem seus meandros, os outros possíveis conhecedores do destino da parte evaporada da grana do Adhemar, são os gaúchos da VPR e VAR-P e os envolvidos com as ações da "Ação Grande"; por sinal, o Diógenes do PT está entre eles. Olha aí origem do lamaçal!

Os envolvidos na "Ação Grande ou Roubo do Cofre do Adhemar" foram:

a. Comandante da ação: Juarez Guimarães de Brito

b. Informante dos dados e autor dos levantamentos: Gustavo Buarque Schiller, o "Bicho".

c. Elementos da ação preliminar: o assalto à agência Muda do Banco Aliança, para obter fundos necessários para a ação do "Cofre", 8 terroristas, todos da VAR-P:

d. Militantes da ação principal: 13 terroristas, todos da VAR-P.

entre eles o atual ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

e. Militantes envolvidos na guarda e destinação do dinheiro: 10 integrantes da VAR-P

(.................)

Apagão Geral !!!



Um blecaute atingiu ontem à noite a maioria dos brasileiros e reavivou a memória e a preocupação de quem passou pela experiência do racionamento em 2001 e do apagão em 1999.

A falta de energia atingiu pelo menos 10 Estados – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pernambuco e Paraná –, o Distrito Federal e até um país vizinho, o Paraguai.

Conforme o Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão encarregado de administrar a distribuição de energia pelo país, cerca de 800 cidades ficaram às escuras a partir de 22h13min. Apesar da tecnologia que comanda um sistema de distribuição tão sofisticado, até a 0h desta quarta-feira não havia certeza sobre o que havia causado o blecaute. A principal hipótese era de que tempestades no Paraná teriam causado problemas nas linhas de transmissão do sistema Furnas. Isso teria sido a causa para as máquinas da usina de Itaipu pararem automaticamente de gerar energia. Mas não estão descartadas outras possibilidades, como problemas em subestações que teriam causado efeito cascata.

– Houve o desligamento completo da usina de Itaipu. São 14 mil megawatts a menos. Rio de Janeiro foi o mais atingido. Houve também o desligamento de algumas linhas abastecidas por Furnas. Tempestades de grandes intensidades podem ter contribuído para o desligamento das linhas de Itaipu e outras do sistema interligado – afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A assessoria de imprensa do ONS informou que o problema técnico teria levado à queda de 17 mil megawatts, potência equivalente à carga consumida pelo Estado de São Paulo. O assessor da comunicação social de Itaipu, Gilmar Piola, explicou que a energia para o Paraguai foi logo restabelecida, mas para o resto do Brasil, não. Ou seja, as máquinas voltaram a funcionar depois do desligamento automático, mas não havia como transmitir energia para o Brasil. Por isso, avalia que houve problemas na transmissão.

– Itaipu estava gerando cerca de 11 mil megawatts, quase a potência máxima (quando aconteceu o blecaute). Mesmo em um sistema interligado, é muito difícil substituir tudo isso – explicou Piola, referindo ao fato de que a usina gera cerca de 20% da energia consumida.

O apagão causou transtornos em todo o país. Na capital paulista, o sistema de metrô ficou paralisado e foi necessário evacuar os passageiros dos trens. O trânsito, já complicado, ficou ainda pior, pois os semáforos deixaram de funcionar. As linhas de telefone fixo e celular também teriam apresentado problemas.

Aeroportos sem energia

A Polícia Militar de São Paulo reforçou o policiamento na Capital e pediu à população do Estado que não saísse de casa. PMs que estavam de folga ou de férias foram convocados para retornar ao trabalho.

No Rio, o governador Sérgio Cabral acionou o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para a segurança nas ruas da capital, e ambulâncias foram colocadas em alerta. Moradores de diversos bairros do Rio de Janeiro e de outras cidades do Estado ficaram sem fornecimento de luz. A falta de energia afetou os aeroportos de Tom Jobim, na Ilha do Governador, subúrbio, e Santos Dumont, no Centro.

Na cidade do Rio, de acordo com moradores, todas as regiões registraram falta de energia. Ruas e principais avenidas da capital fluminense estavam às escuras ontem à noite, prejudicando o trânsito em vias importantes da cidade, como a Linha Amarela e Avenida Brasil. Por causa da falta de luz, a circulação das linhas do metrô e trens do Estado também foi interrompida, segundo as concessionárias que administram os serviços.

No Rio Grande do Sul, a Linha de Distribuição Gravataí foi atingida pelo apagão. De acordo com a AES Sul, concessionária que atende parte da da Região Metropolitana, o blecaute afetou 70 mil moradores de São Leopoldo e Sapucaia do Sul por volta das 22h20min. A falta de abastecimento, no entanto, durou menos de cinco minutos. Na área de cobertura da RGE não houve relato de problemas.