sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ebay vende Skype por US$ 2,75 bilhões



Site receberá US$ 1,9 bilhão em dinheiro, mantendo 35% da companhia.
Informação foi divulgada anteriormente pelo ’New York Times’.

O site de leilões eBay anunciou nesta terça-feira (1) que venderá o Skype, sua unidade de telefonia pela internet, a um grupo de investidores em uma operação avaliada em US$ 2,75 bilhões.

O eBay receberá cerca de US$ 1,9 bilhão em dinheiro e manterá participação de 35% na companhia de telefonia.

O grupo de investidores é liderado por Silver Lake Ventures, e inclui Andreessen Horowitz, uma nova companhia de capital de risco comandada pelo cofundador da Netscape, Marc Andreessen.

As britânicas Index Ventures e Silver Lake Partners também participam do grupo, segundo publicou o “New York Times”, além do Canada Pension Plan.

A operação permite que o eBay se concentre no serviço de pagamentos eletrônicos PayPal e também em seus próprios produtos de leilões on-line, informa o site.

O eBay planejava inicialmente se separar da Skype no ano que vem. John Donahoe, presidente-executivo do eBay, tinha informado em maio que uma avaliação em 2 bilhões de dólares era um valor muito baixo para uma crescente operação de internet.

Em 2007, o eBay fez uma baixa contábil de US$ 1,4 bilhão relacionada a seu investimento na Skype, reconhecendo que a empresa não se encaixou com o restante dos negócios de leilões do site.

"A Skype é um forte negócio individual, mas não tem sinergias com nossas operações de comércio eletrônico e de pagamento on-line", disse Donahoe em comunicado.

O eBay espera que o acordo seja concluído no quarto trimestre.

Polícia procura donos de loja de fogos que explodiu em Santo André



Testemunhas disseram ter visto casal fugir após a explosão.
Parentes dos dois disseram à polícia que eles não querem se apresentar.

Os donos da loja de fogos de artifício que explodiu na quinta-feira (24) em Santo André no ABC, matando duas pessoas e deixando 12 feridas, são procurados pela polícia. Um casal, que é proprietário do local, está desaparecido. Segundo policiais e o Corpo de Bombeiros, o homem e a mulher não estão sob os escombros. Testemunhas disseram que viram o casal fugir.

De acordo com o relato de parentes do dono da loja e de sua mulher à Polícia Civil, o casal não pretende se apresentar ainda. Como não há um pedido de prisão contra eles, os dois não são considerados foragidos.

O dono da loja já respondeu processo por porte ilegal de material explosivo. No acidente, morreram Denian Castellani, de 41 anos, que trabalhava em uma escola próxima e morava no imóvel que explodiu, e Ana Maria Martins, de 48 anos, que trabalhava como faxineira no local.

Quatro casas totalmente destruídas e um quarteirão inteiro arrasado, com 30 imóveis interditados. Foram dez minutos de estouros. O bazar que vendia fogos de artifício ficava em uma rua de um bairro residencial de Santo André. Os vizinhos reclamavam. Não consideravam a loja segura. A moradora do bairro Marilene Niedhardt disse que “houve muitas denuncias e não foi tomada providência nenhuma” sobre a loja.

A explosão que aconteceu nesta quarta tem características muito diferentes da ocorrida em março que assustou Diadema, também na grande São Paulo, onde 40 mil barris de produtos químicos explodiram. O incêndio durou horas.

Nas explosões causadas por pólvora a queima se dá rapidamente. No primeiro instante há um clarão na fonte da explosão, seguida do barulho. A energia liberada varre tudo que tem em volta, para cima e para os lados. É uma onda de calor e de choque, que derruba paredes e destelha casas. O raio de maior destruição ficou entre 10 e 20 metros. O calor e o deslocamento de ar são fatais para quem está nesse espaço. Quem está um pouco mais longe ainda corre o risco de ser atingido pelos destroços.

Em Santo André, os destroços voaram a pelo menos 100 metros de distância. “Terrível, muito forte, muito violento e o chão chegou a estremecer mesmo”, conta o empresário Ângelo Torres. Já a comerciante Maria Aparecida Duarte relatou: “Parecia um furacão, a gente saiu correndo, atropelando um ao outro”.

Segundo a prefeitura de Santo André, a loja de fogos tinha alvará para funcionar como bazar. E podia vender fogos de artifício no varejo se pedisse uma autorização específica. A última requisição foi no dia 7 de maio. No dia 14 de setembro o pedido foi negado por falta de documentação.

O material encontrado por bombeiros reforça a suspeita de que ali se fabricavam fogos de artifício.

“Existe material que indica que ele estava realmente preparando os fogos que ele vendia. Para isso ele não tinha autorização. Mas ainda é prematuro que afirmemos isso, porém, os indícios são muito robustos”, diz um bombeiro.

Sandro Luiz Castellani, dono da loja, é agora procurado pela polícia. Ele tinha sido preso em 2002 por posse ilegal de fogos de artifício.

A prefeitura de Santo André está fazendo um levantamento junto com a secretaria de Habitação, responsável pela fiscalização, para saber quando foi a ultima vez que fiscais estiveram na loja.

Minc diz que não respondeu 'na mesma moeda' a governador



O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira que não respondeu "na mesma moeda" ao governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que o chamou de "veado" e "fumador de maconha" na terça-feira.

O governador também disse que estupraria Minc em praça pública caso voltasse ao Estado para participar de eventos ambientais. Na quarta, o ministro ironizou e disse que Puccinelli é um "homossexual enrustido". As informações são da rádio Jovem Pan.
"Não acho que respondi na mesma moeda de forma alguma.

Quando ele usou as expressões em relação a mim, usou para me ofender. E mais, disse que ia cometer um crime, de me estuprar em praça pública", afirmou Minc nesta quinta-feira. Antes, a senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, havia reprovado a troca de ataques entre Minc e Puccinelli, afirmando que o ministro não poderia responder "na mesma moeda".

Minc voltou a afirmar que o gestor de Mato Grosso do Sul "não está capacitado" para o cargo". "A mim não me intimida de forma alguma. Isso não é debate possível, é uma ameaça de crime. Espero que os eleitores, parlamentares, a Justiça local tome posições em relação a isso".

Vice Presidente defende armas nucleares.



O presidente interino, José Alencar, defendeu ontem que o Brasil desenvolva armas nucleares para proteger as reservas de petróleo encontradas na camada do pré-sal. Segundo Alencar, o governo ganhou respeitabilidade e credibilidade no cenário internacional para discutir o assunto.

``Do ponto de vista da dissuasão é importante (desenvolver armas nucleares), não adianta. O Brasil, para ser um país realmente forte, tem de avançar nisso aí. Especialmente para fins pacíficos. E mesmo a arma nuclear utilizada como instrumento dissuasório é de grande importância para um País que tem 15 mil quilômetros de fronteiras a oeste, tem um mar territorial e agora esse mar do pré-sal de quatro milhões de quilômetros quadrados de área``.

Alencar afirmou que, hoje, o Brasil não enfrenta problemas com outros países, mas que essa realidade pode mudar pela ``cobiça`` que o pré-sal pode gerar. ``Estamos vendo aí o que tem sido feito da nossa fronteira, pessoas que entram com todo tipo de droga e não fazemos nada. O que é isso? Nós temos que tomar conta disso direito``.

Ele citou o Paquistão, dizendo que o País ``senta na mesa`` com grandes nações porque tem armas nucleares.

``Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. O Paquistão tem coisas muito avançadas, mas são muito pobres. Eles sentam à mesa porque eles têm arma nuclear. É vantagem? É``, concluiu.

Alencar disse que o Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Para ele, a defesa do desenvolvimento de armas nucleares para fins pacíficos não entra em contradição nem com o tratado, nem com a Constituição.

Amazônia terrotório



O desmatamento na Amazônia Legal atingiu em agosto 498 quilômetros quadrados (km²) de floresta, segundo o sistema de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área equivale a quase metade do município do Rio de Janeiro.

O índice sofre variação de acordo com a quantidade de nuvens nos pontos analisados e, portanto, as comparações não são precisas. Em agosto, houve baixa ocorrência de nuvens na Amazônia e os radares conseguiram observar de 83% da região.

Em julho, quando foi possível observar 77% da região, o desmatamento tinha alcançado 836 km². Já em junho, a área devastada somava 578 km² e em maio, 123 km².

Na comparação com agosto de 2008, quando foram registrados 756 km², houve uma diminuição de 35% na área devastada.

O Pará se manteve na liderança do desmatamento e foi responsável pela derrubada de 301 km² de floresta em agosto, seguido pelo Mato Grosso, com 105 km2.

Rondônia e Amazonas tiveram 51 km2 e 22 km2, respectivamente, enquanto os demais Estados apresentaram índices menores que 7 km2.

"Nunca comemoro os dados, porque desmatamento nunca é bom, mas é uma queda acentuada. Além disso, agosto é um dos meses críticos de desmatamento na Amazônia", avaliou Minc à Agência Brasil.

Levantamento divulgado ontem pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) confirma a forte devastação que a Floresta Amazônica vem sofrendo.

Segundo o relatório, entre 2000 e 2008, foram desmatados 2,25 milhões de hectares em áreas protegidas e foram registrados no Ibama cerca de 1.200 crimes ambiental na Amazônia, sendo que o desmatamento, as queimadas e exploração de madeira foram as infrações mais comuns.

Rondônia e Pará lideraram as infrações e somaram 82% dos casos identificados em áreas protegidas.

O texto releva ainda que as áreas mais expostas aos crimes são aquelas próximas de estradas.

O Imazon atribui o grande número de crimes à impunidade, já que o Ibama teria concluído menos de 5% dos casos avaliados no estudo. Até outubro de 2008 estavam em andamento no Ibama 37,6 mil processos contra infrações ambientais em todo o Brasil somando R$ 9,5 bilhões em multas, revela o levantamento.