terça-feira, 26 de maio de 2009

Gripe Suína infecta 13 mil pessoas em 46 países


A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira que quase de 13 mil pessoas foram confirmadas com o novo vírus de gripe H1N1, mas o número de países afetados continua em 46.

Em seu último registro, que tende a ser defasado em relação aos boletins nacionais mas que é considerado o mais seguro, a agência das Nações Unidas disse que seus laboratórios confirmaram 12.954 infecções do novo vírus, que já matou 92 pessoas.

O México é o país mais gravemente atingido pelo surto da gripe, que causou 80 mortes lá. As outras mortes aconteceram nos Estados Unidos, onde 10 pessoas morreram, e na Costa Rica e no Canadá, que informaram uma morte casa.

A OMS disse que o vírus transportado pelo ar foi detectado em todas as regiões do mundo, com exceção da África. Os países com mais casos confirmados fora da América do Norte até agora são o Japão, a Grã-Bretanha e a Espanha.

Há um caso confirmado em Taiwan, que não é membro da OMS.

Fonte: O globo.

Coreia do Norte dispara mais mísseis após teste nuclear


A Coreia do Norte desafiou a condenação internacional a seu novo teste nuclear e disparou nesta terça-feira mais dois mísseis de curto alcance na sua costa leste, além de acusar os EUA de tramarem para derrubar o seu regime.

Numa medida que certamente agravará a tensão regional, a Coreia do Sul decidiu aderir a uma iniciativa liderada pelos EUA para interceptar navios suspeitos de transportarem armas de destruição em massa, algo que Pyongyang alerta que irá considerar como uma declaração de guerra.

A agência sul-coreana de notícias Yonhap citou uma fonte do governo em Seul segundo a qual o Norte testou um míssil terra-ar e um míssil terra-mar na sua costa leste. Os mísseis tinham alcance de cerca de 130 quilômetros.

Fontes oficiais sul-coreanas ouvidas pela imprensa disseram que Pyongyang poderá testar mais mísseis na quarta-feira. Na segunda-feira, o país havia disparado dois mísseis de curto alcance após realizar um novo teste nuclear.

A segunda ação nuclear norte-coreana atraiu forte condenação de potências regionais, e o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Pyongyang se porta como uma ameaça à segurança internacional.

Obama tranquilizou o governo sul-coreano quanto ao compromisso dos EUA em defender o país, oficialmente ainda em guerra contra a Coreia do Norte, apesar do armistício em vigor desde 1953.

Mas há pouco que Washington possa fazer para conter a isolada Coreia do Norte, punida por anos de sanções internacionais e tão miserável que precisa de ajuda estrangeira para alimentar os seus 23 milhões de habitantes.

Analistas dizem que a nova exibição de força norte-coreana serve para que o dirigente Kim Jong-il reforce seu domínio interno, de modo que possa controlar melhor sua sucessão, direcionando-a para um dos filhos - ele próprio já herdou o poder do seu pai, Kim Il-sung, e há rumores de que teria sofrido um derrame no ano passado.

A Coreia do Norte já está sob sanções da ONU por causa do seu primeiro teste nuclear, em 2006. O novo teste também deve gerar preocupações a respeito da proliferação de armas. Washington no passado já acusou Pyongyang de tentar vender tecnologia atômica a países como a Síria, e alguns analistas apontam uma estreita cooperação militar norte-coreana com o Irã.

"O teste nuclear (da Coreia do Norte) não só representa uma séria ameaça à paz e à estabilidade da península coreana, do Sudeste Asiático e além, mas também representa um grave desafio ao regime internacional de não-proliferação", disse o embaixador sul-coreano para assuntos de desarmamento, Im Han-tauck, a uma conferência da ONU em Genebra.

O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade o novo teste e está preparando uma resolução sobre o assunto.

Uma fonte da chancelaria russa disse em Moscou à agência Interfax que provavelmente será inevitável adotar uma resolução dura, já que a autoridade do Conselho de Segurança está em jogo. Há dúvida sobre a disposição de China e Rússia em aceitarem novas sanções a Pyongyang.

A Bolsa e a moeda sul-coreana oscilaram negativamente pelo segundo dia. O índice acionário Kospi fechou a terça-feira em baixa de 2 por cento, e o won se desvalorizou quase 1 por cento frente ao dólar. Muitos operadores disseram que a preocupação dos mercados com a Coreia do Norte está diminuindo.

"Embora o sentimento tenha certamente sentido o peso da crescente tensão com a Coreia do Norte, achamos que seu impacto será relativamente breve", disse o analista So Jang-ho, da Samsung Securities.

Fonte: O globo.