Depois de 12 dias parados, os funcionários dos Correios no Rio Grande do Sul, em assembleia na Capital, ontem, decidiram terminar com a greve. As quase duas semanas de paralisação provocaram um atraso de mais de 340 mil encomendas e quase 54 milhões de correspondências em todo o país. A empresa prevê levar de sete a 10 dias para normalizar as entregas.
Para pôr o serviço em dia, os trabalhadores anunciaram que retomariam suas funções a partir da 0h de hoje. No total, cerca de 3,5 mil funcionários da área operacional (carteiros, operadores e motoristas) haviam cruzado os braços no Estado. O sindicato gaúcho era uma das oito organizações que ainda não tinham voltado ao trabalho. São Paulo, responsável pela distribuição da maioria dos pacotes e cartas, e outros Estados haviam finalizado o movimento na sexta-feira.
Trabalhadores lotados na região de Santa Maria, com sindicato local, também tinham decidido retornar. Ao fim do dia de ontem, todos os 35 sindicatos tinham debelado a paralisação. Segundo a estatal, somente 1% do total de trabalhadores ainda se mantinha parado.
De acordo com uma das diretoras do sindicato gaúcho, Rafaela Rocha, a assembleia decidiu pelo retorno, mas manteve o estado de greve, o que significa retomar a paralisação a qualquer momento se a estatal não apresentar uma nova contraproposta.
A direção dos Correios não conseguiu o número de assinaturas dos sindicatos regionais para ratificar a proposta de 9% de reposição salarial. Com isso, a questão salarial deverá ser decidida pela Justiça do Trabalho. A empresa se comprometeu a pagar um adicional de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, mais reajuste no vale-refeição.
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