quarta-feira, 27 de maio de 2009

OMS planeja reajustar critérios do nível de alerta da gripe


O secretário-geral adjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS), Keiji Fukuda, disse ontem (26) em Genebra, que a OMS vai reajustar alguns critérios do nível de alerta da epidemia da gripe, após ouvir opiniões de especialistas. Trata-se da primeira vez que a OMS declara sua posição sobre o reajuste do nível de alerta, desde o alastramento mundial da gripe A (H1N1) em abril.

Fukuda afirmou que a OMS está considerando reajustar adequadamente o nível de alerta a fim de adaptá-lo à situação atual da epidemia. A organização vai consultar especialistas autorizados do setor, mas Fukuda não revelou o cronograma concreto do reajuste.

O México é a "origem" desta epidemia da gripe A (H1N1), mas segundo estatísticas publicadas pela OMS ontem, o número de infectados pela gripe no mundo já chegou a 12.954, levando 92 pessoas à morte. Até o momento, a gripe A (H1N1) já afetou diversos países e regiões da América do Norte, América Latina, Europa e Ásia.

A secretária-geral da OMS, Margret Chan, assinalou no dia 19, que o número de casos afetados pela gripe aumentou rapidamente no Japão, mas a organização decidiu não aumentar o nível de alerta da gripe para 6. Segundo os critérios vigentes de nível de alerta, se um vírus se alastrar em grande escala em uma região, o alerta é de 6. Devido ao alastramento, a gripe A (H1N1) parece corresponder a estas condições. No entanto, Margret Chan afirmou que os critérios vigentes de epidemia foram feitos alguns anos atrás, com base no vírus H5N1 da gripe aviária. Naquele momento, o vírus foi mais fatal e o índice de mortos foi de aproximadamente 60%. A gripe A (H1N1) apresenta sintomas clínicos totalmente diferentes. Nas regiões fora do México os sintomas são mais amenos, e alguns pacientes podem se recuperar sem acompanhamento médico. Por isso, a OMS ainda mantém o nível de alerta da gripe em 5. De acordo com Chan, diante da nova epidemia, os antigos critérios precisam ser melhor apurados.

Segundo informações, os novos critérios vão considerar elementos como a toxidade do vírus, a velocidade do alastramento e o índice de fatalidade, além dos elementos geográficos que classificam os níveis de alerta atuais. Fukuda expressou que o desenvolvimento e a evolução do vírus da gripe A (H1N1) ainda estão na fase inicial, e precisamos acompanhar com atenção seu alastramento no futuro.

Fonte: http://portuguese.cri.cn

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