sexta-feira, 3 de abril de 2009

Crise marolinha começa a afogar Lula e Dilma, mas faz Serra surfar...

Saiu a nova pesquisa Datafolha, instituto patrocinado pela Folha de S. Paulo e adotado pelo governo federal. Em 2007, devido ao escândalo do mensalão, Lula tinha 48% de aprovação.




De lá para cá, o Datafolha virou o porta-voz das boas notícias no governo. Sempre subindo, a aprovação do presidente chegou ao pico de 70% de ótimo, o máximo já obtido por um presidente desde a recém democratização pós-ditadura. Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, teve 47% de aprovação Ótimo no ápice do Plano Real. Isso mostra a diferença da percepção do povo entre um governo e outro, um populista, outro de mercado. FHC no ápice teve 47%, Lula no fundo do poço e beirando ao impeachment teve 48%.

A redução registrada agora, de 70% para 65% preocupa o governo? De maneira alguma. Lula tem muita gordura para queimar e muitos peões para sacrificar até chegar em uma situação insustentável. A parte que preocupa o governo está em outra seção da pesquisa, sobre a crise. De novembro do ano passado, data da última pesquisa, até agora, a porcentagem da população com conhecimento sobre a crise subiu de 72% para 81%. Agora, por que é que eu falei sobre o Serra no título? Explico agora.

O Datafolha perguntou aos entrevistados sobre a sucessão presidencial. A ministra Dilma foi exposta de uma maneira quase brutal desde a última pesquisa. O governo esperava que essa exibição, somada aos "sucessos" do PAC alavancassem a candidatura da ministra aos céus. Bom, se alavancou, foi aos céus turbulentos da ANAC e sua crise aérea que ainda persiste, se não nos saguões, pelo menos no sistema financeiro das companhias.

A despeito de todas as previsões internet afora, Serra manteve-se no puleiro mais alto, com 47% das intenções de voto. A seguir, o candidato que nunca vai a lugar algum, Ciro Gomes, com 16%. Depois dele, misturam-se numa briga de facas no escuro a garota prodígio da esquerda Heloísa Helena e a candidata do PT, Dilma Rousseff com 11% cada.

Fora isso, vale analisar a proporção de votos que cada um detêm de acordo com a escolaridade e residencia. Entre os moradores do sudeste, região mais rica do país, Serra detêm 45% dos votos, enquanto Dilma Rousseff, candidata dos pobres, tem apenas 14% no nordeste, famoso reduto petista. No quesito escolaridade, 42% dos eleitores com nível de escolaridade mínimo fundamental votariam no Serra, enquanto apenas 18% dos eleitores com nível superior completo votariam na Dilma.


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