terça-feira, 7 de abril de 2009

Bonsai - Arte Milenar.


Vamos conhecer um pouco sobre Bonsai, afinal de conta essas plantas são lindas e cativantes. Os japoneses desenvolveram a técnica de cultivar, porém os chineses que deram origem.


Para ser considerado um Bonsai é necessários que a planta preencha alguns requisitos básicos:

* Deve estar plantada em um vaso raso
* Deve ser uma replica de uma árvore ou arbusto natural

O conjunto sempre expressa uma visão natural e tenta repassar ao ambiente uma paisagem. Eles são classificados em diversos modelos:

VERTICAL FORMAL - “CHOKKAN”


Como o próprio nome indica, o tronco é vertical e absolutamente reto, com perfeita conicidade e galhos em todas as direções. Na natureza, árvores desta conformação indicam um crescimento livre de adversidades. Este estilo representa o máximo de equilíbrio, sendo, para tanto, fundamental um nebari bem formado por raízes fortes e dispostas radialmente.

VERTICAL INFORMAL - “MOYOGI”


É o estilo que mais identifica a arte do bonsai - é o mais popular. O tronco é ereto, porém com curvas que o movimentam em todas as direções. O eixo principal da árvore tem que conter o ápice e o nebari (permitidos pequenos desvios). Caso contrário, resultaria o estilo inclinado.

INCLINADO - “SHAKAN”


Neste estilo, o tronco é reto, porém deslocado do seu próprio eixo, ou seja: inclinado. O mais difícil é obter equilíbrio visual com uma árvore com desequilíbrio físico. O equilíbrio visual é buscado através da oposição do ápice, dos galhos e/ou do nebari, ou seja, enfatizando-se em sentido oposto à inclinação do tronco o que de mais favorável se tem do ápice, dos galhos e do nebari.

VARRIDO PELO VENTO - “FUKINAGASHI”


Como definido pelo nome, indica o desenvolvimento de uma árvore sob o regime de vento predominante, causando a inclinação do tronco naquele mesmo sentido, bem como “marcas” no lado que recebe o vento. Dada esta condição adversa, a copa não apresenta densidade.

LITERATO - “BUNJIN-GI”


É o estilo em que a predominância de massa verde encontra-se no alto do bonsai. Caracteriza-se por linhas fluídas, limpas e elegantes. Este estilo “adota” outros estilos para a sua existência - podemos ter o literato “sôbre” os estilos vertical, inclinado, cascata e outros.

VASSOURA - “HOKIDACHI”


Neste estilo, o tronco é absolutamente reto e vertical, subdividindo-se em inúmeros galhos que, nascendo de um mesmo ponto de tronco e em todas as direções, formam uma única copa. Dada a grande quantidade de galhos que formam a copa, é importante que se elimine aqueles que “atravessem” a copa, possibilitando as melhores ensolação e aeração do conjunto.

CASCATA - “KENGAI”


No estilo cascata a árvore apresenta forte inclinação vertical no sentido da face lateral da bandeja. A parte mais externa da árvore deve estar em nível inferior ao fundo do vaso. Variações deste estilo apresentam tronco único ou múltiplo, presença ou não de ápice.

SEMICASCATA - “HAN-KENGAI”


Neste estilo, a árvore também inclina-se para baixo, embora de forma menos acentuada. A parte mais baixa da copa/tronco situa-se próxida altura do vaso, com inclinação em torno dos 45°.

TRONCO DUPLO - “SOKAN”


Este estilo decorre de uma árvore com dois troncos nascidos de uma mesma base, sendo um predominante em relação ao outro - mais alto e mais grosso. O movimento geral das duas “árvores” deve ser o mesmo, haja visto que se desenvolveram sob as mesmas condições. Neste estilo, a exemplo de todos os outros com mais de uma árvore, a “planta” menor inclina-se “para fora” da maior “fugindo” da sombra da maior.

DOIS TRONCOS - “SOJU”


A diferença básica deste para o estilo tronco duplo reside nas raízes. Naquele a base é única enquanto que no “SOJU” os nebari são independentes. Uma nomeclatura mais adequada para o estilo seria: “árvores gêmeas”.

TRONCO MÚLTIPLO - “KABUDACHI”


São considerados tronco múltiplo árvores com cinco ou mais troncos em um único nebari. É muito importante que o trabalho com cada tronco/copa leve em conta o resultado do conjunto, o que, para tanto, alguns troncos podem/devem ser “vistos” como galho.

BALSA - “IKADABUKI”


Este estilo tem origem numa árvore tombada, de cujo tronco em contato com o solo surge um extenso enraizamento e, conseqüentemente, múltiplas brotações e/ou modificação de antigos galhos em novos troncos. Usualmente, neste estilo tem-se um monótono alinhamento dos múltiplos troncos. A inclinação (para frente e para trás) dos vários troncos tende a minimizar tal situação. Em outro estilo muito semelhante a este, o “NETSURANARI”, esta linearidade não ocorre tão freqüentemente, pois os múltiplos troncos são formados de uma raiz que se estende sobre o solo de forma sinuosa.

BOSQUE OU FLORESTA - “YOUSE-UE”


São grupos de pelo menos cinco árvores plantadas em conjunto. O número de árvores que compõe o grupo deve ser ímpar, até que se atinja uma quantidade de unidades tão elevada que a contagem dos troncos deixe de ser possível com uma simples observação do conjunto. Também neste estilo prevalece o sentido de grupo - triangulação, profundidade, equilíbrio. A formação do bosque pode ser expressada por dois ou mais sub-grupos, sempre prevalecendo o todo em relação às unidades.

RAÍZES SOBRE A ROCHA - “ISHITSUKI”


Este estilo agrega, além da árvore e da bandeja, um novo elemento da composição: uma pedra. Neste caso as raízes são “altas” e descem a pedra, em forma de “abraço apertado” em direção ao substrato da bandeja. Espaços ou vazios entre as raízes e a rocha reduzem a qualidade do bonsai. Uma variação deste estilo resulta de plantar a árvore na rocha, ou seja, em depressões adequadas para receber o substrato e a árvore.

RAÍZES EXPOSTAS - “NEAGARI”


Este estilo expressa bem o embate da árvore contra as forças da erosão. Nesta luta a árvore sob a ameaça da derrubada natural, conseqüente da progressiva retirada do seu solo de sustentação, multiplica e fortalece suas raízes cada vez mais expostas. Assim, no bonsai deste estilo as raízes expostas mostram-se como parte do tronco.

Fonte:www.thebest.blog.br/

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